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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Pum...o conto fatal!! Como os gases podem atrapalhar sua vida...






Sexta-Feira: Amiga! Estou arruinada! Ontem à noite não resisti e me empanturrei. Coloquei bastante batata-doce na sopa, além de couve, repolho e beterraba. Menina, saí de casa que parecia um caminhão de lixo.Como eu peidava! (nossa! Você não imagina a minha vergonha de contar isto, mas se eu não desabafar, vou me jogar pela janela!).




No metrô, durante o trajeto para o trabalho, bastava um solavanco para eu soltar um futum que nem eu mesma suportava.Teve um momento em que alguém dentro do trem gritou: “Aí! Peidar até pode, mas jogar merda em pó dentro do vagão é muita sacanagem!”
Uma senhora gorda foi responsabilizada. Todo mundo olhava para ela, tadinha. Ela ficou vermelha, ficou amarela, e eu aproveitava cada mudança de cor para soltar outro. O meu maior medo era prender e sair um barulhento.

Cheguei até o prédio em que trabalho resolvida a subir os dezesseis degraus pela escada.Meu azar foi que o Marcelo ficou segurando a porta, esperando que eu entrasse.

Como não me decidia, ele me puxou pelo braço e apertou o botão do meu andar. Já no terceiro andar ficamos sozinhos. Cheguei a me sentir aliviada, pois assim a viagem terminaria mais rápido. Pensei rápido demais.
O elevador deu um solavanco e as luzes se apagaram. Amiga, juro que tentei prender. Mas antes que saísse com estrondo, deixei escapar. Abaixei e fiquei respirando rápido, tentando aspirar o máximo possível, como se estivesse me sentindo mal, com falta de ar.
Peidar e ficar tentando aspirar o peido para que o homem mais lindo do mundo não perceba que você peidou? Ele ficou muito preocupado comigo e, se percebeu o mau cheiro, não o demonstrou.

Disse para ele que eu era claustrófoba. Mal ele me ajudou a levantar, eu não consegui prender o segundo, que saiu ainda pior que o anterior.
O coitado dessa vez ficou meio azulado, mas ainda não disse nada.
Abaixei novamente e fiquei respirando rápido de novo, como uma mulher em estado de parto.Dessa vez Marcelo ficou afastado, no canto mais distante de mim no elevador.Na ânsia de disfarçar, fiquei olhando para a sola dos meus sapatos, como se estivesse buscando a origem daquele fedor horroroso.

Ele ficou lá, no canto, impávido. Nem bem o cheiro se esvaiu e veio outro.Ele se desesperou e começou a apertar a campainha de emergência.Coitado! Ele esmurrou a porta, gritou, esperneou, e eu lá, na respiração cachorrinho.Quando a catinga dissipou, ele se acalmou. As lágrimas começaram a escorrer pelos meus olhos.

Ele me viu chorando, enxugou meus olhos e disse: “Meus olhos também estão ardendo…” Eu juro que pensei que ele fosse dizer algo bonito.
Aquilo me magoou profundamente.
Pensei:”Ah, é, FDP? Então acabou a respiração cachorrinho…”
Depois disso, no primeiro ele cobriu o rosto com o paletó. No segundo, enrolou a cabeça. No terceiro, prendeu a respiração, no quarto, ele ficou roxo. No quinto, me sacudiu pelos braços e berrou: “Mulher! Pára de se cagar!”. Depois disso ele só chorava. Chorou como um bebê até sermos resgatados, quatro horas depois.
Entrei no escritório e pedi minha transferência para outro lugar, de preferência outro País.
Apague este e-mail depois de ler, tá?
Sua amiga, Ana.

Lanna Beltro.

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